23 de outubro de 2013

~post especial~ Meus dois anos de Escotismo!

Acho que faz umas semanas que eu mencionei um texto especial, que desviava um pouco do relativo caráter jornalístico que esse blog tem. Demorei algumas semanas para desenvolver, mas aqui está o tal texto, originalmente publicado no meu tumblr escoteiro, o make a difference (hey, você que tem um tumblr, me segue lá! ;3).
Ele é bem mais emocional do que os que eu geralmente escrevo e desvia muito do propósito desse blog, que é divulgar notícias relacionadas ao Escotismo, mas achei importante mostrar ele aqui porque acho que seria legal mostrar um pouco do meu amor por vocês, Tropa Sênior Harpyja, seus lindos <3

"mais que um sonho, uma realidade"

É engraçado como esses dois primeiros versos do grito das guias definem perfeitamente o que esse último ano na Sênior e esses dois anos de Escotismo representaram para mim.
Quando eu entrei no Movimento dois anos atrás (ah, como o tempo passa rápido!), ainda na Tropa II, pensava que ia ser divertido. Ia conhecer gente nova, finalmente entender o que o escoteiro faz e me divertir, simplesmente isso.
E, bom, não é muito diferente disso. Eu conheci gente nova e me divirto muito também (ainda não sei dizer o que o escoteiro faz, quem sabe eu descubro ano que vem). Mas não é só isso que eu fiz nesses últimos dois anos.
O Escotismo não é simplesmente acampar, fazer jogos e se divertir porque o Escotismo não é uma colônia de férias de final de semana. Ele nos ensina a crescer nos mais diversos aspectos dos mais variados jeitos e nem sempre esses meios são prazerosos.
O sofrimento temporário que passamos nos dá orgulho de fazer o que fazemos e, por incrível que pareça, ainda retornar com um sorriso no rosto todo sábado. Falando assim parece que somos masoquistas, mas não apreciamos a dor (ou pelo menos eu não haha) nos músculos do dia seguinte ou a exaustão do acampamento mais desgastante.
Isso porque nada, mas nada mesmo, substitui a sensação de fraternidade sincera que uma Canção da Despedida ao redor da fogueira nos dá. Saber que aquela pessoa do seu lado passou pelo o que você passou e que você pode contar com ela quando precisar nos dá uma sensação de família muito forte.
E é por causa deste sentimento de afetividade familiar que partilhamos que o Movimento Escoteiro faz parte de nós de certa forma que não podemos de jeito nenhum nos desvincular dele. Não é uma atividade extracurricular, não é um hobbie, não é um passatempo. Nós fazemos o Escotismo ao mesmo tempo que o Escotismo nos faz.
E sinceramente, eu devo minha vida ao Movimento. Sério mesmo. Não sei se eu deveria falar isso porque é bem pessoal, mas antes da época quando eu fiz minha primeira atividade, na tarde de 22 de outubro de 2011 (se minha memória não falha), minha vida não tinha muito propósito. O divórcio dos meus pais só me entristecia e eu não tinha motivação, algo que desse um sentido pra minha existência, sabe? Eu só estudava e ficava em casa, ociosa, apenas esperando algo que mudasse aquela situação. Não posso afirmar nada, mas se tudo caminhasse naquele ritmo, eventualmente quiçá eu poderia nem estar viva hoje, escrevendo este texto.
Então, quando alguém me pergunta por que eu me tornei escoteira, apesar de eu nunca ter dito isso a ninguém, além dos tradicionais “Porque eu me divirto”, “Porque eu ajudo as pessoas”, “Porque eu aprendo muito”, eu também sou escoteira porque, acima de tudo, o Movimento Escoteiro salvou minha vida e eu devo muito a ele e à todas as pessoas que eu conheci quando eu decidi vestir meu lenço e que era aquilo que eu queria para minha vida.
E se por algum acaso Deus exista, acho que Ele me mostrou o Escotismo para me dar uma luz, um azimute e dizer que eu ainda posso fazer e perceber muitas coisas e que meu Melhor Possível ainda está muito longe.

SAPS!
Acho que não vou cansar nunca de agradecer, mesmo que mentalmente, às minhas Tropas Escoteira II e Sênior Harpyja pelos desafios, pelo aprendizado e pela diversão e amizade fraternal que vocês me deram; à chefia e à Flor de Lis, sempre apoiando no que for necessário; B-P, por ter criado esse Movimento visando o crescimento dos jovens, e que com certeza olha por todos eles, esteja onde estiver; e, claro, não podia esquecer do meu pai, sempre me apoiando (diria até empurrando) nessa minha jornada até o cume da montanha.

Um comentário:

Juu disse...

Mandou super bem shiba! *--*