24 de julho de 2013

Escotismo 101: A criação do Escotismo e o Escotismo no Brasil

Dois posts no mesmo dia só pra compensar a semana passada, quando o blog ficou parado.
Continuando com o Escotismo 101, prosseguiremos com o começo do Escotismo no Brasil e no mundo.
Baden-Powell, já com sua experiência com tribos africanas e indianas, além de ter estudado a educação dada aos rapazes conforme período histórico, desenvolve o conceito do Escotismo e, então, chama filhos de velhos amigos do exército, membros da Brigada de Rapazes (movimento juvenil já existente) e abre também mais três vagas para alunos de escolas secundárias do governo, empregados em fazendas ou filhos de operários para o primeiro acampamento escoteiro, que ocorreu na ilha de Brownsea, Inglaterra, em 1907.
Os jovens foram divididos em patrulhas, cada uma com sua cor: Maçaricos (amarelo), Corvos (vermelho), Touros (verde) e Lobos (azul). B-P também designou cargos para cada elemento da patrulha (lenhador, cozinheiro, etc.) além do Monitor e do Sub-Monitor. 
O Escotismo Para Rapazes, que ainda não tinha sido publicado, serviu como base para o acampamento e este também ajudou a concluir o próprio Escotismo Para Rapazes. Após o fim do bem sucedido acampamento, Baden Powell fez seus últimos ajustes e, em 1908, começou a publicar os fascículos quinzenais de sua obra.
Em poucas semanas, centenas de Patrulhas haviam sido formadas e rapidamente o Escotismo se espalhou mundialmente.
No Brasil, ele chegou em 17 de abril de 1910, através de oficiais da marinha brasileira que fizeram contato com o Movimento Escoteiro na Inglaterra. No dia 14 de junho daquele mesmo ano, reuniram-se formalmente interessados no Escotismo e embarcados naquele navio que havia visitado a Inglaterra e na casa onde estavam foi oficialmente fundado o Centro de Boys Scouts do Brasil, no Rio de Janeiro.
O Movimento foi se espalhando pelo país como uma proposta educacional e, com o tempo, adaptou-se às necessidades da sociedade, como incluir meninas e expandir a faixa de participação dos 7 até os 21 anos.
A União dos Escoteiros do Brasil (UEB) foi fundada em 1924, como resultado da união das várias associações existentes na época e é filiada à Organização Mundial do Movimento Escoteiro (OMME, ou WOSM em inglês). 






Sênior Harpyja na 13ª ASN em Pirenópolis - GO!

ALERTA! MEEEEGA POST ABAIXO, NÃO DIGA QUE NÃO AVISEI!

E aí, galera? Estou de volta em Curitiba e descansada o suficiente para contar para vocês o que aconteceu na Aventura desse ano!

Pois bem, a 13ª Aventura Sênior Nacional aconteceu na cidade de Pirenópolis, Goiás, entre os dias 14 e 18 de julho de 2013. Foram mais de 700 jovens inscritos que vieram de várias regiões do país e foram divididos em quatro subcampos: Guapeva, Bacupari, Cagaita e Mamacadela, nomes de árvores da região. Terminada a introdução, vamos falar do que interessa.

DIÁRIO DE BORDO: AVENTURA SÊNIOR/2013

14/07 - 1º dia

Acordo com o som do telefone tocando. É meu pai me avisando que em meia hora chegaria. Troquei minhas roupas rapidamente e já peguei minhas mochilas previamente arrumadas, me certifico que peguei tudo duas vezes e desço para entrar no carro.
Rumamos para o aeroporto, eu estava sem sono algum, apesar das duas horas de sono maldormidas. Chegando lá, encontrei a galera se reunindo para fazer o check-in. Como ainda era cedo, não tinha tanta fila, então foi bem rápido. Malas despachadas, todos despedidos e com fotinhos tiradas, todo mundo com a passagem e o RG na mão, partimos.

CPA representando no ASN!
#Partiu?
Fiquei surpresa com quanta gente não gostava de voar ou nunca tinha viajado de avião antes. Foram 1h30min até o aeroporto de Belo Horizonte, pausa de 40min e outro vôo no mesmo avião de 1h até o aeroporto de Goiânia. A companhia aérea era Gol, tanto da ida quanto da volta, e com aviões apertados, mas dava para dormir um pouco ou conversar com as pessoas em volta.
O G.E. Santos Dumont nos acompanhou nos quatro vôos e nos translados de ônibus também, então nós confraternizamos nas viagens mesmo. Eles são gente boa, só meio bobos demais, tanto que são os nossos bonitinhos (história de acampamento, pergunte ao Eduardo). 
Chegamos no aeroporto de Goiânia umas 14:30, pegamos nossas coisas e fomos almoçar. Perto, tem um restaurante muito bom que faz uma marmita bem gostosa por 9 reais, compramos umas 6 (dividimos algumas) e comemos numa praça do lado, esperando nosso ônibus para Pirenópolis chegar.
Até que o busão não demorou taaaanto assim pra aparecer, só que ele demorou muito pra sair do lugar. E os trinta-e-tantos graus na nossa cabeça curitibana não colaboravam.
Chegamos em Goiânia!



 

Já no ônibus, os outros grupos estavam bem cansados, ninguém puxava nenhuma música e só ficavam conversando entre eles. Nós, como somos CPA, cantamos Chora Bananeira, entre outras, além das nossas músicas da Tropa. Rolou também Lorena, Somente Um no Banheiro e na Cadeira do ônibus ainda em movimento!

De Goiânia até Pirenópolis, demorou duas horas (!) porque o motorista se perdeu, um dos muitos sinais de desorganização que vou falar depois.
Depois de chegar no camping, pegamos nossas pulseiras de identificação e só então descobrimos de qual subcampo nós pertencíamos, devido a uma mudança de última hora que a organização fez.

Originalmente, nós fomos inscritos no Bacupari, já tínhamos grito, grupo no Facebook e tudo, só que dois dias antes da Aventura, foi dito que oficialmente os subcampos foram alterados, sem boletim nem nada.

Depois que vimos o porquê dessa alteração. No Bacupari, só havia basicamente grupos do Paraná e no Guapeva, onde ficamos, tinha mais alguns Grupos de outros estados, dando mais confraternização com outras culturas e também mais variação no Festival Gastronômico.

Chegamos! 
Já era 17:20 quando começamos a montar nosso campo. A terra era dura demais para especar qualquer barraca, então, só montamos a estrutura e colocamos o sobre-teto dela. O avancê foi esticado com pedras mesmo, só que como todo mundo tropeçava, ficou amassado.

Lá pelas 20:00 era hora da janta. Só foi pedido para trazer a caneca, pensamos que, já que era uma atividade sênior, era sopa.

"Pô, mas quem faz sopa num calor desse? Ah! Se for sopa nem vou pegar!"
 "Ah, mas pode ser um sanduíche com um suco ou alguma coisa assim!"

Teorias e mais teorias foram feitas naquela fila quilométrica que andava muito devagar, também conversamos com as pessoas em volta e aprendemos mais umas músicas. 
No final, não era sopa nem sanduíche, era comida mesmo! E não era comida de acampamento, não! Era comida de restaurante (aliás, era Restaurante Pedreiras)! Imagina a ~glória~ que foi descobrir isso? Nunca mais vou comer tão bem durante um acampamento!
A carne era controlada, mas o resto era livre. Tudo estava maravilhoso e não variava muito da comida daqui: arroz, feijão, macarrão, carne, salada, fruta e um doce. Ah, e cada dia o cardápio variava seguindo mais ou menos esse mesmo esquema.


Após a janta andamos até a festa de abertura. As músicas que tocavam eram legais, até, só que começaram a repetir e tocar um monte de funk e sertanejo, então voltei para a barraca, arrumar o meu cantinho e dormir um pouco. O problema é que a festa fazia muito barulho e não dava pra dormir até a meia-noite que é o horário de silêncio no campo. Nem depois da meia-noite, na verdade, tinha uma patrulha do DF, acho, que não ficava quieto.












15/07 - 2º dia

Na noite anterior, combinamos que todos iriam acordar 4 da manhã para se arrumar mais cedo e não ter fila no café da manhã. Ok, todo mundo acorda, se arruma, pega a caneca e vai para o restaurante.
Chegando lá somos barrados pela chefe que organizava as refeições porque outro subcampo que ia para o acampamento volante tinha preferência. Eles demoraram uns 40 minutos para chegar, enquanto isso nós nos sentamos e conversamos.
Depois de todo o outro subcampo entrar, nós também entramos na fila. No caminho cogitei que a janta de ontem era miragem ou uma pegadinha do malandro, mas não. O café da manhã era muito bom também. Tinha pão, dois bolos, ovo cozido, fruta, suco ou nescau e em cada mesa tinha um pote de margarina e uma faca também. Se você chegasse meio escondido, até dava pra pegar outro pão e mais suco.
A atividade da manhã era "Desbravando o Cerrado", ninguém fazia a mínima ideia do que a gente iria fazer. Basicamente, era subir um rio e escolher uma pessoa da patrulha pra fazer uma atividade separada. Durante o trajeto, tinha algumas imagens de animais do cerrado onde a patrulha tinha que parar para tirar uma foto, coisa que a gente não fez, assim como um questionário que recebemos.
A paisagem era linda e a água do rio refrescava o calor e para quem é acostumado com os rios daqui, até que ela estava bem gostosa.
Só critico a organização de novo, porque foi obrigatório o uso de calça, sendo que estava calor, a calça não protegia contra batidas nas pedras e também havia gente com bermuda/shorts mesmo e não foi feito nada.





















Era incrível a velocidade com que as roupas secavam, mesmo depois de ter nadado e se encharcado na água.
Éramos a última patrulha dessa atividade, então, depois de retornar ao subcampo, se secar, trocar de roupa, etc., fomos almoçar atrasados e então fomos pra fila esperar nosso ônibus para a próxima atividade, "Safari".
Foi aquela demora naquele sol, então conversamos com um grupo de Toledo e conhecemos a Jéssica, a galinha mascote deles. Não vou nem mencionar os gases soltados pelo Sr. Andrei que separavam em 5 metros qualquer rodinha.
Chegamos em Pirenópolis, descansamos um pouco na praça, e depois ficamos sabendo do que o Safari se trata: é um Jogo da cidade versão lobinho. É só tirar a foto da patrulha com o chefe, receber um adesivo pra colar numa plaquinha e fazer um enigma super fácil e ir para o próximo ponto. A Tucum só tirou quatro fotos porque as regras davam um prazo de duas horas, mas na verdade era mais tempo. As fotos foram usadas num quadro que foi entregue depois.












Como nós chegamos bem mais cedo que o resto do nosso subcampo, jantamos com muita calma e bem devagar. Se você manjasse dos paranauê (ô musiquinha chata) até conseguia pegar outra almôndega (só uma é sacanagem!) ou qualquer outra carne.
A atividade noturna foi o luau. Todos nós pensamos que o local que ele iria acontecer seria o começo do Desbravando o Cerrado, já que era uma "praia" (praia no meio do centro-oeste brasileiro, sim) e combinava totalmente com o tema, mas não, era no mesmo lugar da festa de abertura. Tinha umas mesas com as frutas que a galera não comia durante as refeições que dava pra pegar e tal. Foi divertido, só que de novo tocaram as mesmas músicas que a festa de abertura e mais funk e sertanejo e eu fui embora mais cedo, ainda tinha que arrumar tudo para o acampamento volante do dia seguinte.
#partyhard
AH! E é o dia do aniversário da Lu! Nem sei quantas vezes foram cantadas parabéns pra ela hahaha

16/07 - 3º dia

Todo mundo morto na fila pro ônibus do volante. E mais outra fila que demorava séculos pra andar. E o pior é que nós, da tropa 7 e a 8 também, fomos os últimos a ser liberados no frio! Ainda tinha a Bacupari inteira e o resto da Guapeva também! 
O resultado está aí:









Aliás, reparem no luxo desse ônibus! O escapamento é emendado no cano PVC com fita isolante! Se bem que ninguém ligava, todo mundo morreu de qualquer jeito. Prova é essa foto mítica do Sênior Oculto em coma, e sim, ele estava dormindo de olho aberto, um olho pra cada lado.
Chegando lá na Praia Grande ou no Balneário Alguma-Coisa-que-Não-Lembro-O-Nome (sim, praia e balneário no meio de Goiás), foi feito umas duas bases: uma onde fazíamos artesanato com cordões e alguma semente e outra que era uma palestra sobre o cerrado.
Depois disso, montamos nossos abrigos. Uma patrulha do Distrito Federal foi muito gente boa e nos emprestou uma lona, assim nós não dormimos direto na areia <3
A atividade da tarde foi uma trilha de 1h30min até uma cachoeira onde fizemos o boia cross. Não sei o que aconteceu mas no meio do caminho alguém se perdeu e já demorou mais um pouco. E o calor não perdoava nem um pouco.
Lá no final da trilha, nós almoçamos no maior estilo ração do acampamento volante, nossa primeira refeição de acampamento mesmo. Era uma sacola com dois sanduíches, uma maçã, duas barrinhas, um suco de caixinha. Até que não estava ruim.
Depois do almoço, nós já fomos pegar nossos coletes, capacetes e as boias para descer. Durante o boia cross apareciam algumas palavras, animais ou plantas da região, que nós obviamente deveríamos lembrar para alguma coisa que ainda não sabíamos.
Vou ficar devendo fotos porque não era permitido levar nenhum eletrônico, mas é tipo isso:
Em uma palavra, "decepcionante". Em duas, "adeus cóccix". Em três, "ai, minha bunda!". Tá, não vou dizer que era só xingamentos, porque era legal (no começo) ficar deitado sem fazer nada e só relaxar. O problema é que se tinham 5 metros que davam pra aproveitar, tinham também 7 metros onde você tinha que sair da boia e andar até onde era um pouco mais fundo e sentar de volta.
Uma hora depois, começou a encher o saco e eu comecei a ficar só sentada, empurrar todo mundo com a boia e me desviar das pedras do jeito que podia ainda sentada. Depois de um tempo, dava pra notar um padrão: um trecho onde tinhas várias pedras, mas se você conseguisse, dava pra pegar uma correnteza e flutuar menos devagar (até que dava uma animadinha no começo), e outro sem pedras, bem fundo, onde não dava pra nadar e a boia não se mexia, então, você era obrigado a descobrir como se rema do jeito certo e esperar o próximo ponto mais raso.
Beeeem no final do caminho, nosso grupo viu o outro fazendo uma formação de minhoca, cada um com a canela segurada no sovaco da pessoa da frente. Quando a gente tentou, não deu muito certo, então desfizemos essa formação. Só a repetimos, nos últimos metros e deu certo. Até tem fotos desse momento, mas eu não acho.
Ao todo, demoramos umas três horas na água. De volta pro subcampo, devolvemos o equipamento e o chefe nos deu um caça-palavras e nós devíamos procurar somente cinco palavras que apareciam durante o trajeto. O legal é que tinha várias mensagens subliminares: Sonia linda escrito de trás pra frente, ASN, Potter, te amo, entre outras. Devo agradecer ao carinha que me deu a lista de palavras que apareciam porque eu só achei três que apareciam e outras que eu não sabia <3
Entregado o caça-palavras, recebemos a comida que a gente tinha que cozinhar: macarrão com carne moída. molho de tomate e sal. Como sobremesa, chokito e maçã (ah, se tivesse papel alumínio! *-*).
A Manu gosta de cozinhar e fez maioria do trabalho. O macarrão ficou grudado (ela esqueceu de colocar água no molho de tomate), mas até aí, ficou gostoso. Até o momento que ela decide que estava faltando sal e joga o resto dentro, mas ainda tava comestível, só que dava muita sede. Pobre Lucas que raspou o fundo. As panelas ficaram com o Andrei e cada um lavou seu prato e talheres. Agradecemos de novo a patrulha de Brasília que além de emprestar a lona, também emprestou a panela <3
Após a janta, fogo de conselho. Cada subcampo apresentou uma palma e alternava-se a música e a esquete. Guapeva ficou com a esquete, onde apresentamos o mais famoso Galo do sul deste universo e o carro também. O problema é que todos os subcampos estavam lá, então a roda ficou enorme e mal dava pra ver e entender o que acontecia. Todas as esquetes e músicas que a gente compreendia foram legais. Estou sem fotos porque né, fogo de conselho. E depois, rolou a Canção da Despedida mais zoada da minha vida, ninguém se entendia no ritmo e não emocionava. Acho que deram o grito nacional, só que já tinhamos ido embora.
No conforto do nosso abrigo, propriamente limpinhos, até deu pra dormir. Só a Manu deu uma enrolada pra voltar e ainda ficou conversando dentro da lona. Fora isso, não estava ruim. Menos pro Lucas, que ficou de corta-vento só usando camisa.

17/07 - 4º dia

Acordar foi um certo desafio. Estava meio frio (ô lugarzinho chato, é verão de dia e inverno de noite!) e era umas quatro da manhã (a alvorada vai ficando cada vez mais cedo). Pra entrar no busão de volta, foi mais rápido que a ida. A organização, depois de liberar a Bacupari, ficou boazinha e liberou a Tropa 7 e 8 primeiro! *-* 
Capa da Vogue Scout
Vou ficar devendo fotos dessa volta, mas basicamente tava todo mundo dormindo. Ah, o único ônibus pra gente era pequeno demais e algumas pessoas dormiram no chão mesmo.

"Oi, meu nome é Zé", o "Eu Era Chato" do ASN









No camping, tomamos nosso café da manhã e quem precisava, tomou banho. Arrumamos (ou jogamos) nossas coisas de volta na barraca e aguardamos a próxima atividade.

Nos levaram para duas cachoeiras, a primeira era pequena mas estava cheia de gente. Nem nos molhamos, porque tínhamos acabado de comer. Ficamos uns vinte minutos lá, apesar de terem dito uma hora. A outra era bem gostosa, só que não tinha muitos lugares para nadar, além disso, eu bati minha canela na pedra e não consegui andar direito por um tempo, fiquei com a perna afundada na água e já melhorou.


Camping Encontro das Águas (sim, esse era o nome do lugar), fomos almoçar e depois ficamos aguardando a corrida de orientação.
O Festival Gastronômico deveria acontecer depois da Corrida, só que foi invertido por algum motivo, provavelmente para todas as patrulhas estarem no festival e não perdidas por aí. Enfim, era duas da tarde e já começava a ficar abafado. Logicamente, depois de quatro dias no sol, as comidas não estariam lá muito gostosas, mas estavam comestíveis.
A mesa dos gaúchos tinha cuca, doce de leite, goiabada e chimarrão (claro). A mesa carioca tinha biscoito de polvilho Globo e chá mate Leão (é mesmo do RJ?). A mesa de São Paulo tinha umas paradas meio nada a ver, tipo brigadeiro de colher e outros doces. A mesa do Maranhão tinha Guaraná Jesus! Eu provei, não sei se era porque tava quente, mas é ruinzinho. Não sei bem daonde era a paçoca. Já a mesa paranaense era bala de banana, bala de banana, 14L de gengibirra, bala de banana, Cini Framboesa e Cini Abacaxi (só dois litros de cada :/), mais bala de banana, pinhão cru e um potinho de mel hahaha. Comi um pouquinho de cada mesa, saí, e um tempo depois já era umas três horas da tarde. Calor e caras de felicidade.
Só que não.
 As patrulhas iam aos poucos pra Corrida de Orientação. Nós fomos uma das últimas patrulhas a sair. Como o Dudu é o Dudu e faz Eduardices (Dudices/Duduíces não é legal), ele nos botou pra fazer tudo, já que ele ia sair e a gente tinha que aprender. Eu, pessoalmente concordo com isso e já estou acostumada. Eram 9 prismas muito próximos uns dos outros num terreno pequeno e já conhecido, então deveria ser fácil. Só que terminamos bem em cima do horário, em 1h28min. Dava pra ver que algo estava claramente errado. Depois de umas críticas construtivas do Dudu (aliás, nunca me senti tão inútil na vida), nós fomos tirar a foto oficial da delegação paranaense no ASN.

Lá, eles inventaram a música do Paraná: "Eu como vina/Eu sei rimar/Eu sou do Paraná" e saíram gritando ela camping a fora. Nós não acompanhamos porque precisávamos jantar e o restaurante era pro outro lado.
Não tenho muito a declarar sobre essa janta, apenas digo que uma imagem vale mais que mil palavras:
A festa de encerramento foi depois da janta e foi outra festa como as outras, com músicas repetidas, funk e sertanejo. Ficamos só porque era encerramento mesmo, mas de qualquer forma, saí mais cedo de volta. A Canção da Despedida aqui foi melhorzinha, mas ainda não tinha um ritmo só.
Ah, em cada festa que acontecia, mostravam um vídeo que fazem das patrulhas enquanto elas estão nas atividades. Não vi nenhum de nós por lá :(
Como era a última noite, tinha que ter uma rodinha com todo mundo confraternizando na área dos subcampos. E claro, a rodinha tinha que começar do nosso lado. Aproveitei a música pra desenhar, fiz uma flor-de-lis pra Agatha, e também arrumar as minhas coisas, já que não teremos muito tempo pra desmontar o campo amanhã.

18/07 - Último dia #xatiada

Era umas quatro da manhã de novo quando a gente acordou. Durante essas quatro noites, o mais tarde que acordamos foi 4:40. Desmontamos tudo o mais rápido possível e fomos tomar café-da-manhã. Dava saudades da comida, admito. Sim, sou gorda.
Comemos, pegamos nossas coisas e colocamos no ônibus para Goiânia. Era umas 10 da manhã quando a gente chegou no aeroporto. Deu tempo pra dar um rolê no aeroporto (e que aeroporto pequeno!), comprar um sorvetinho, fazer o check-in e depois ir almoçar. Quase tive um infarto quando deixei meu RG cair, sorte que acharam depois.
No almoço, nós nos separamos. Uma parte foi pegar aquela mesma marmita de antes, eu fui com o outro grupinho, almoçar por quilo num outro restaurante. Aah, que delícia! Era um restaurante com fogão a lenha (diferente do primeiro, que era buffet) e com carne da chapa que você podia escolher. O preço do quilo era 27 reais mas o dono nos fez por 23. Paguei uns 19 reais e tomei um Guaraná Mineiro (que tem gosto de Cini Guaraná), por conta do chefe Arlindo. 
Voltando ao aeroporto, esperamos nosso vôo até o aeroporto de Congonhas, São Paulo. No detector de metal, eu esqueci de passar meu canivete pra bolsa principal e eu acabei perdendo ele :c Enfim, uma hora e meia no avião e confesso, até pra mim, que amo voar, deu um medinho na hora de pousar em Congonhas. Aquela pista surge do nada!
Olá São Paulo!

Descemos e esperamos o próximo vôo para Curitiba, que deu uma atrasadinha. Enquanto esperávamos, alguns se reuniram e jogaram aquele jogo do post-it na testa que eu esqueci o nome :P
Nada grave a relatar no vôo de Curitiba, mais meia hora, foi bem rápido, nem deu pra dormir. Foi pegar nossas coisas, dar o grito da Sênior na frente do aeroporto, se despedir da galera e retornar à nossas residências, enfim!
(No meu caso, esperar mais umas duas horas e meia na casa da vizinha porque minha mãe não tinha chegado e a tranca da porta não abria com a minha chave)

E assim, a Aventura Sênior Nacional em Pirenópolis chega ao fim!


Muito bem, agora as CONSIDERAÇÕES FINAIS: (Calma, tá acabando!)
Conversando com a galera no último dia, perguntava-se se a ASN valeu a pena, se nós esperávamos que esses 5 dias fossem assim. Bom, aqui expresso a minha opinião pessoal e intransferível.
Um dia antes da viagem, enquanto nós comprávamos as últimas coisas que faltavam, meu pai dizia que havia conversado com a chefe Silvia, que organizou toda a nossa Aventura, e que as atividades iriam ser pesadas, tal. Só que não foi bem assim. A Aventura Sênior mais parecia uma colônia de férias do que uma Aventura Sênior! Não sei se outras ASN são assim, light por natureza, mas tenho certeza que se não fosse tão quente, essas atividades seriam moles pra gente.
Entendo que as atividades que não são locais têm como objetivo principal o turismo e a confraternização, só que esta é uma atividade destinada exclusivamente a Sêniores e Guias e, por convenção, deveria ser sim, mais hardcore.
Outra coisa que eu percebi foi a desorganização. Começando com a troca repentina de última hora dos subcampos sem explicação nem boletins, junto com a demora que foi esperar todos ou a grande maioria dos ônibus, a falta de chefia no Desbravando o Cerrado, as regras e informações conflitantes no Safari (que nem era um safari, mas falo disso depois) e também a playlist repetida nas quatro festas. Tá, imagino que deve ser muito difícil organizar uma atividade tão grande, mas de qualquer forma. Sim, sou chata. 
A "propaganda enganosa" que fizeram em relação as atividades planejadas também me deixou bem chateada: 
  1. Desbravando o Cerrado foi subir um rio. Ok, não iriam nos botar no meio do cerrado com uma faca na mão e um bilhete dizendo "Se virem. Beijos, Staffs", então até entendo e considero essa a única atividade boa de verdade. 
  2. O Safari não foi nem uma visita no zoológico. Anteriormente, era chamado de Safari Fotográfico, então, conclui-se que na verdade é um Jogo da cidade fotográfico. Só que os enigmas eram muito fáceis e os locais muito próximos, fazendo com que seja essencialmente só tirar uma foto, fazer o enigma em menos de 5 minutos e passar pro próximo.
  3. O luau não foi realizado na praia próxima ao camping. Por quê? O tema combinava perfeitamente com o local! Mas enfim, isso é o de menos, a festa foi divertida, sim.
  4. O acampamento volante que não era volante! Volante do ônibus que nos levou, só pode. E o boia cross mais sem-graça da história.
  5. A corrida de orientação foi, de fato, uma corrida de orientação. Mas bem que eles podiam ter separado esses prismas pra bem além do rio. 

Ok, depois de tanta reclamação, vocês devem estar pensando primeiro que eu sou chata pra caramba, e eu não posso negar isso. Segundo, também devem estar pensando que eu detestei tudo nessa ASN.
E aí, eu discordo! O grande aspecto positivo dessa atividade foi a comida! É, sou gorda. Mas não tem como negar, em todos os locais que eu comi (até o açaí de Pirenópolis) foram ótimos. Ah, e eu não tomei muitos daqueles picolés exóticos por 2 reais, então não posso opinar muito sobre eles (pergunte às outras meninas), mas o de Araticum (o único que eu tomei) era delicioso e bem diferente!
Claro que eu poderia dizer que também valeu muito a pena porque eu pude conhecer muita gente e rever velhos amigos e tudo mais. O problema é que sou bem tímida com pessoas que não conheço e não mantenho conversas facilmente, além do mais não conheço muita gente escoteira além do meu Grupo.
CONCLUSÃO: Se você leu até aqui, merece um abraço. Se a 13ª Aventura Sênior Nacional valeu a pena? Depende muito do que você procura nela. Se é confraternizar, fazer novos amigos e conhecer novos lugares, totalmente. Só acho que se você não tem tantas condições para participar de atividades de grande porte como essa, invista em Jamborees nacionais ou até internacionais porque tem mais gente. Porém, se você procura atividades pesadas e desafios (que aliás, foi o que prometeram pra gente), este ASN (não posso falar pelos próximos) não vale a pena. Dá pra gastar 600 reais fácil lá, sugiro que se você tiver um bom relacionamento com sua Tropa, planeje uma atividade interestadual somente com ela e use esse dinheiro para viajar com ela.
E se a 13ª Aventura Sênior Nacional valeu a pena pra mim? Sim, mas por um único detalhe que faz toda a diferença: Eu estava com a minha Tropa. Se eu fosse a única do meu Grupo inteiro a ir, como a Fernanda do Eppinghaus (04/PR) que ficou na minha Patrulha, ou mesmo a única do CPA na minha Patrulha da ASN, não seria proveitoso pra mim pois as atividades não eram tão boas. Não é que eu seja antissocial e só fale com a minha rodinha top de amigos, é que eu não consigo de jeito nenhum ter uma conversa longa com uma pessoa que eu nunca vi na vida ou que eu fale pouco. Portanto, devo agradecer ao chefe Thiago (chefe de lobiiinhoooo hahaha) por nos acompanhar nessa Aventura.

Acho que nunca digitei tanto antes!
Isso é "só" por hoje, lindo leitor deste esplêndidamente incrível blog!
Fiquem atentos, o próximo Escotismo 101 deve chegar em breve :)

SAPS!